Finalmente o segundo livro do Affonso Solano foi lançado. Depois de um hiato de dois anos – o primeiro havia sido lançado em 2013 -, O Espadachim de Carvão e As Pontes de Puzur é lançado na XVII Bienal Internacional do Livro (setembro/2015) pela editora LeYa.
Como não sou bobo, me programei pra visitar a Bienal e comprar logo o meu exemplar. Infelizmente não consegui ir no dia em que o Affonso Solano estava dando os autógrafos – também não sei se minha esposa aguentaria esperar 7h na fila comigo pra pegar esse autógrafo -, mas saí de lá com o meu exemplar de capa rosa debaixo do braço.
O primeiro sentimento que tive ao segurar este livro foi uma grande tristeza. Tristeza ao perceber que a viagem de volta a Kurgala seria muito breve. O livro tem apenas 190 páginas e é muito mais fino do que os que li recentemente (As Crônicas Saxônicas). Enfim, comecei a ler na mesma noite pós Bienal e terminei na noite seguinte. Meu twitter “bombou” com meus comentários de pura felicidade. ;)
Vamos então para a minha resenha…
Passado x Presente
A palavra puzur na capa está escrita – para mim – em letras minúsculas, indicando então que não se trata de um personagem. Talvez indique se tratar de um local singular em Kurgala para onde Adapak deva seguir para continuar a sua saga. A arte da capa talvez queira mostrar um Adapak cabeçudo e tocador de viola, na beira da ponte de puzur, novamente em paz com seu amigo ushariani, num mundo onde águas-vivas voam entre as nuvens… Tudo errado!
Não! Puzur é com letra maiúscula e é o nome de um dos maiores ladrões de Kurgala. Um ushariani que luta com três espadas que são um presente para o inimigo…
Esse segundo volume da saga conta a história de Puzur no ciclo 529 da Era dos Mortais, mas não consegui descobrir quanto tempo esse ano é no passado de Adapak. Será que é um passado maior que a vida de um ushariani?
Não sei se um livro pode conter dois protagonistas – pois não sou escritor e não conheço essas regras -, mas neste caso podemos considerar duas histórias com dois personagens principais: uma no passado sobre Puzur e outra no presente contando muito pouco sobre Adapak.
No passado Puzur passa por aventuras para tentar descobrir como libertar sua mãe adotiva, enquanto no presente Adapak tenta apenas ler uns livros sem ter que utilizar os círculos para sobreviver.
O engraçado na história das Pontes de Puzur é que ambos os personagens desaparecem no final da saga, deixando o leitor apreensivo por não saber se morreram ou se retornarão no próximo livro…
Espero que sim!
Conclusões
Apesar do meu comentário acima, com relação à quantidade de páginas, adorei ter voltado para Kurgala. Agora com mapa! Adorei também a saga do novo personagem ushariani e me pergunto: será que esse passado se cruzará com o de Adapak? Será que este será treinado por aquele? ;)
O livro está muito bem escrito e o Affonso se mostrou um poeta ao escrever alguns trechos de música para as aventuras de Telalec Puzur.
Parabéns mais uma vez ao autor! Agora, a poucos dias depois do lançamento do segundo volume, já começa a pressão inevitável: quando sai o próximo!???
Espero que não demore muito.
AH! Senti falta apenas de um glossário dos nomes de Kurgala. Não consegui imaginar como seriam alguns animais dessa mitologia. Se tivesse um glossário ajudaria muito e criaria um volume épico. Quem sabe um guia ilustrado também ehn!?
Então é isso. Se quiserem saber mais sobre a Saga do Espadachim de Carvão, visitem o site do autor.
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