Resenha: A Tormenta de Espadas – As Crônicas de Gelo e Fogo – Vol. 3 – George R. R. Martin

Livro Lido: De 03 de junho de 2013 a 24 de julho de 2013.

Continuando a leitura das Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin, esse terceiro livro, A Tormenta de Espadas, introduz ainda mais o leitor ao mundo de fantasia criado por Martin. No livro um, A Guerra dos Tronos, o leitor é apresentar a um mundo medieval, no qual seus personagens convivem com histórias antigas de seres fantásticos (Os Outros), de sete deuses muito antigos, de árvores represeiros brancos com rostos em seus troncos, mas até o final desse livro você não percebe que está numa história de ficção fantástica. Antes de terminar o primeiro livro, ainda me sentia vivendo numa história de intrigas humanas num plano de fundo medieval. Já mais pro final, com o nascimento dos três dragões, comecei a entender porque dessa série ser de ficção fantástica e não somente ficção.

O livro dois, A Fúria dos Reis, conta toda a intriga, dos supostos reis legítimos de Westeros, em busca do trono ocupado por Jofrey, até então filho do rei Robert Baratheon, este último morto por um Javali logo no livro 1. Quem já leu A Guerra dos Tronos aprendeu que não se pode apegar a nenhum personagem, pois este pode, ou vai, acabar sendo morto por algo banal que te deixará muito revoltado com o autor, ficando você com aquela expressão: COMO ASSIM!??? Pois é, creio que todos já estejam lendo a sequência com o sentimento de “pode-matar-que-não-tô-nem-ai”, mas certamente a aflição é grande a cada página virada. No livro 2 não sofremos muito com isso, pois apesar de muita gente morrer, você não sente tanto pois não tem tanto amor a esses personagens. Já com o livro 3, confesso, voltei a ficar, mesmo já prevenido, com a expressão de “COMO ASSIM”?

Em A Tormenta de Espadas a trama principal gira em torno da guerra pela disputa do reino pelos cinco reis: Robb Stark, Balon Greyjoy, Joffrey Baratheon, Stannis Baratheon e Renly Baratheon. Realmente são muitos reis disputando um mesmo reino, mas alguns morrem de forma tão banal que nem dá tempo para desenvolver o personagem. Se me lembro bem, Balon Grayjoy, por exemplo, cai de uma ponte por causa de um raio e Renly Baratheon, irmão mais novo de Robert e Stannis, é assassinado por uma sombra nascida do ventre da mulher de vermelho. Sombra ainda muito mal explicada, mas que te alerta que o livro é de ficção fantástica e não uma história medieval.

Não vou nem contar o que acontece ao rei Robb Stark, o personagem mais querido de todo o leitor nesse terceiro volume (já deu pra imaginar né?), mas depois do que acontece a ele, pensamos em como a história poderá continuar após esse episódio, que ocorre ainda na metade do livro. Não sei quanto a você, mas sempre leio o livro tentando montar uma história antes delas acontecerem, tentando prever os futuros acontecimentos, tentando sempre adivinhar o que vem daqui a três ou quatro capítulos, mas George Martin sempre me surpreende com as suas mudanças de rumo constantes. O que posso adiantar é que, até o final do terceiro livro, um rei assume o reinado, mas não é nenhum dos cinco que começaram a disputa. Coisa de louco mesmo!

Se fôssemos nomear um personagem por livro, diria que o primeiro foi do Eddard Stark, o segundo de Tyrion Laninster e, por incrível que pareça, esse terceiro de Jaime Lannister. Apesar de sabermos que ele é um regicida (matador de reis), que foi ele quem jogou Bran Stark da janela, que pega a própria irmã, começamos a ver o outro lado desse personagem e chegamos a pensar que ele não é tão ruim assim. Esse terceiro volume ensina que, antes de julgarmos alguém, devemos conhecer os dois lados da história. Somente nesse livro que sabemos as verdades, contadas pelo próprio Jaime, das histórias conhecíamos dos livros 1 e 2, que nos foram passadas por outros outros personagens.

Tenho que falar também da loira do outro lado do mundo, a filha da tormenta, mãe dos três dragões, a mulher que vai certamente revolucionar toda a história das Crônicas de Gelo e Fogo, se não for morta por Martin antes disso, é claro; a loira Daenerys Targaryen. A cada página ela vem conquistando mais poder e guerreiros no outro lado do mar. Agora já deve contar com mais de 4 mil soldados e três “castelos” tomados em seu currículo, que já era vasto. Essa menina ainda vai longe, mesmo porquê, ser mãe de três dragões já lhe deve conferir muitos créditos, ainda mais num mundo onde esses seres fantásticos já não vivem a bastante tempo.

Não vou me estender muito mais falando de outros personagens como Sansa, Arya, Bran Stark e nem de Jon Snow, mas esses ainda não morreram e estão evoluindo com a série.

AH! Uma dica que estou começando a pegar nesses livros. Um personagem só morre se “você” ver o corpo. Bran é um exemplo disso. Esse próprio livro revela que sua morte não foi tão mortal assim. Com essa dica na cabeça, o que falar do Cão de Caça? Será que morreu mesmo? Só lendo os próximos livros pra saber.

Tomara que Martin viva muito mais tempo para que termine de escrever os sexto e sétimo volumes, que é a previsão atual para que essa saga termine. Já imaginou ler até o quinto volume, que é o último publicado até então, e o autor não conseguir escrever até o sétimo? Temos que lembrar que o primeiro livro foi publicado em 1996, ou seja, 17 anos atrás! George Martin já está bem velinho, e vem deixando seus fãns muito preocupados… sabe como é né…

Então é isso. Gostei muito desse terceiro volume, A Tormenta de Espadas, e recomendo muito fortemente a leitura, claro, com a função “desapego aos personagens” ligada. Já comecei a ler o quarto volume, Festim dos Corvos, e espero concluí-lo logo-logo pra contar aqui as minhas impressões.

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Mas e você, já leu esse livro? Conte pra mim as suas opiniões aqui nos comentários.