Numa escala de 1 a 5, dou nota 3 para esse livro. Gostei dele apesar dessa nota, mas explico ao longo do post o porquê dessa nota mediana. Trabalhe 4 Horas por Semana, de Timithy Ferriss, é a tradução do livro The 4-hour Workweek, desse autor que conseguiu alcançar a independência financeira com uma boa ideia e batalhou pra desenvolver um negócio que atendesse ao seu objetivo: “Ter dinheiro para curtir a vida à sua maneira”.
Esse livro narra um pouco a vida do próprio autor, Timithy Ferriss, em seu caminho para abrir o próprio negócio e depois automatizá-lo para ganhar tempo e fazer todas as coisas que ele mais gosta, que são, resumidamente, aprender artes marciais e viajar pelo mundo. Claro que ele não consegue isso de uma hora pra outra. Antes ele batalhou bastante para conseguir conquistar esse objetivo.
O livro é bom pois dá algumas dicas valiosas sobre o comportamento humano, a regra social pré definida de estudar, trabalhar, ter filhos, aposentar e morrer e como fugir dela para aproveitar melhor a vida, trabalhando sim, mas focando em atividades que lhe darão mais prazer. Trabalhar como home-office, aproveitar mini-aposentadorias de 3, 6, 12 meses ou mais, viajar pelo mundo, conhecer novas culturas e línguas e continuar produtivo no trabalho. Essas são algumas ideias explicadas no livro que podem se tornar realidade caso você siga algumas regras. Estas são contadas no livro e, se você conseguir realizá-las, creio que possa sim chegar até o objetivo proposto no livro, que é trabalhar menos, aumentar a quantidade de dinheiro que ganha, e se dedicar a outras coisas que considera mais importante.
O livro propões alguns exercícios como: olhar nos olhos de estranhos na rua, deitar-se no chão no meio de uma multidão sem dar explicações, pedir o telefone de alguém do sexo oposto, mesmo já sendo casado, dentre outros, pelo simples motivo de nos tirar da nossa zona de conforto. Confesso que não fiz muitos dos exercícios, mas os achei no mínimo interessantes, pois realmente me deixariam muito desconfortáveis se os fizesse! ;)
Brincadeiras à parte, existem dicas valiosas sobre concepção de produtos, marketing, vendas, precificação, fornecedores e como trabalhar com pessoas que podem lhe ajudar a fazer algumas tarefas menos importantes. Alguns ainda não conhecem o princípio de Pareto e o autor comenta que resolveu muitos dos seus problemas (80%) atacando os que mais lhe atrapalhavam (20%), eliminando horas respondendo a e-mails sem importância, ou atendendo clientes que geravam mais problemas que receitas. Essa é uma ótima passagem no livro que vale a reflexão. O autor chega a afirmar que, atualmente, consulta a sua caixa de e-mails apenas uma vez por semana. Nem Leo Babauta, em seu livro Quanto Menos Melhor, conseguiu tal proeza!!!
Como o autor é americano, muitas dicas são de sites, empresas e serviços americanos, alguns indianos, mas de acesso praticamente impossível para muitos de nós brasileiros. Essa parte achei ser um pecado do livro, pois é como se nos desse um doce e o tirasse em seguida, num virar de páginas. Dicas como assistentes pessoais indianos e americanos, que trabalham por hora e podem resolver problemas como: mandar flores para a namorada ou contratar um gerente para um novo negócio. Não conheço esse tipo de serviço ou empresa com esse foco no Brasil e, portanto, dá um pouco de frustração nessa passagem do livro.
Em regra geral, Trabalhe 4 Horas por Semana é um livro que você deveria ler sim. Apesar do aviso na capa ser “Atenção! Não leia este livro a não ser que queira largar seu emprego”, recomendo a leitura para abrir seus horizontes e, quem sabe, melhorar a sua produtividade em seu trabalho atual.
Se eu vou permanecer no meu emprego!?? Sim, sim. Mas tenho planos…
Esse foi indicação da minha grande amiga Helena Alves e posso lhe dizer que esse livro mexe com com sua cabeça. Mexeu com a da minha amiga e deixou bons pensamentos na minha.
Agora, por que da nota 3? Terminei a leitura com um pouco do sentimento de ter lido algo escrito apenas para dar dinheiro pro autor, pois é a junção de um desejo da humanidade traduzido num ótimo título. Será que se eu escrever algo do tipo “Viva sem trabalhar” ou “Encontre a Paz de que busca” ou “O Atalho para a Felicidade” também vou ganhar tanto dinheiro quanto Timothy Ferriss? Será!?
Acredito que daria para usar os ensinamento do livre em nossa realidades e proporções, tenho uma empresa de engenharia de pequeno porte, coloquei minhas atividades para funcionarios que ganham por comissao e tenho tempo para abrir um outro negocio e me sentir útil e com possibilidade de aumentar minha renda, coisa que nao tinha noção de fazer antes do livro, acho o livro valido mais para quem ja tem seu proprio negocio do que para quer quer iniciar ou e empregado.
Gostei muito do comentário do blog.
Não, Bruno. Garanto-te que não vais ganhar tanto como o Tim Ferriss. Em primeiro lugar, uma das coisas que mais deu sucesso ao Tim foi desafiar a sua zona de conforto, e tu cometeste o erro que TODA a gente comete: “Confesso que não fiz muitos dos exercícios, mas os achei no mínimo interessantes, pois realmente me deixariam muito desconfortáveis se os fizesse! ”
Pois é, todos nós sabemos isso, ou não fossem eles desafios! Mas da teoria à prática vai uma grande distância.
Eu também cometi esse erro, e foram precisos 2 anos a estudar e refutar o livro para finalmente começar a segui-lo como se fosse um livro de exercícios para a minha vida. Quando li o livro estava apenas a assistir ao filme, mas agora que estou mesmo a fazer tudo, faço parte do filme! É uma experiência completamente diferente.
“Como o autor é americano, muitas dicas são de sites, empresas e serviços americanos, alguns indianos, mas de acesso praticamente impossível para muitos de nós brasileiros.”
Bem, só é praticamente impossível aquilo que nunca se tentou, certo? Quantas semanas demoraste a fazer pesquisa sobre esse assunto, para chegar a tal conclusão?
Na minha opinião, este livro é inútil para ler, apesar de sedutor e interessante. Só é útil se se aplicar o que se lê, e todos sabemos que preferimos queixar-nos de factores externos do que pegarmos nas rédeas à nossa vida e definirmos a sua direcção!